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TORTA NA CARA 2, A MISSÃO

Inspirado em Marcel Duchamp, – já que é pra ser maneirista ops, contemporâneo, deve-se ir direto na fonte – e em Erika Palomino,- já que é pra ser modernoso-pra-frentex-descolex e ter “um histórico de doar Tortas de Palmito para artistas plásticos” -, apresento aqui os registros – a receita – da minha primeira performance feita pra Bienal do Pixo ops, Vazio chamada Torta na Cara 2, a Missão!

1º – Compre uma torta de palmito em uma confeitaria-rotisseria mais próxima, não pode ser feita por você mesmo, pois deve ter a “energia” e a mão na massa de estranhos. Atenção: só pode ser esse famoso alimento que vem do interior do pecíolos das folhas de determinadas espécies de palmeiras!
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2º – Leve até a Bienal de São Paulo, ou em qualquer lugar onde o artista plástico e stylist Maurício Ianes estiver fazendo a performance “Bondade de Estranhos”. Ache uma pessoa ou um grupo que não seja amigo do artista. Para isso, elimine todos os tatuados, fashionistas, homossexuais e gente com cara de artista plástico, isto é, com cara de blasé. E entregue a torta de palmito para esse estranho indicando que ela deva parar nas mãos de Maurício. Cuidado: se for na Galeria Vila Blaselândia ops, Vermelho pode ter muita gente fazendo o mesmo que você, dado o grande número de amigos de Ianes que vive nesse habitat, fora que será difícil achar alguém fora do chamado grupo de risco que citei acima para a entrega da torta.
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3º – Faça o estranho ou o grupo de estranhos, como foi o meu caso, entregar a torta para Maurício. Peça também que eles falem coisas bonitas para ele. no meu caso, um das meninas se superou e disse: “O Brasil todo está de olho em você!”
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4º – Espere ele inserir sua torta entre as doações e voilá: performance cumprida!
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Seja você também um artista, esqueça as altas taxas de mensalidade da FAAP. por apenas R$13,71 você pode participar de uma Bienal…

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Essa performance é dedicada ao olhar de Asuzi F. Assunção e aos gritos histéricos e ofensivos de Ana Paula Cohen para a pixadora que foi presa durante a ação dos pixadores, porque sem a generosidade de Asuzi não entenderia porque sra Cohen não tem mesmo nenhuma bondade para os estranhos.

Adendo: Eu, que nunca gostei de nenhuma performance de Maurício, adorei tudo que ele fez! Tem força, teatralidade, energia e representação, ainda escreverei sobre, mas isso é outra performance!

TORTA NA CARA

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Todo mundo comentou a performance de Maurício Ianês, eu faço parte da voz que achou um pouco óbvia no começo. Ele ficar nu = espaço vazio = os participantes interagem e preenchem esse espaço, blábláblá, mas a ignorância-falásia dos curadores dessa Bienal perante a liberdade e o real questionamento da ação artística – vide episódio dos pixadores – fez mudar a minha perspectiva dessa performance e até resolvi vê-la no último dia.
Mas o bizarro-engraçado-constrangedor segue no e-mail abaixo:

“Queridos amigos Artistas e Entusiastas,
Gostaria de denunciar o episódio da Torta de Palmito na performance “A Bondade de Estranhos”, do artista plástico Maurício Iânes na 28va Bienal de Arte de São Paulo.
Acompanho os trabalhos do artista há muitos anos, e gostaria de constatar aqui, junto a voces que no dia 04/11/2008, uma matéria escrita por Gustavo Martins sobre as primeiras doações que o artista recebeu na estréia de sua performance (http://diversao.uol.com.br/arte/bienal/ultnot/2008/11/04//ult6000u11.jhtm), uma pessoa “não identificada” doou ao artista uma Torta de Palmito, junto com uma camiseta e um amigo imaginário de papel feito pelo coletivo de arte do doador anônimo.
Denuncio que a Torta de Palmito foi doada pela jornalista de moda Erika Palomino (www.erikapalomino.com.br), amiga de décadas de Maurício! Pode ser que não foi ela que entregou a torta, mas foi ela que doou. Me baseio no fato de que em março desse ano, a jornalista doou a mesma Torta de Palmito para o também artista plástico Marcelo Cidade!
Não é muita coincidencia?
E quem, além de uma amiga íntima, saberia que o artista é vegetariano? Porque ela não deu uma torta de frango? Porque não um empadão de carne?
Estou realmente revoltada, pois uma obra que poderia ter toda a pureza e limpeza pretendida pelo artista esta sendo corrompida pelo escândalo da Torta de Palmito.
Não preciso nem dizer que uma Torta de Palmito usada com parcimônia, pode ser utilizada em até 2 semanas, e isso já compromete todo e qualquer desafio que a performance propunha.
Indignada pela grande farça da Torta de Palmito, mandei um email para a curadora do evento, Ana Paula Cohen, e ainda não recebi resposta.
Segue o email:

‘Querida Curadora da 28va Bienal:

gostaria de denunciar que a Torta de Palmito doada por uma “pessoa que não quis se identificar”, é na verdade doada pela jornalista de moda, e baluarte da cena art-fashion de São Paulo, Erika Palomino
(www.erikapaomino.com.br).
Erika já tem um histórico de doar Tortas de Palmito para artistas plásticos. Em março desse ano, a jornallista doou uma torta de palmito, junto com a sua namorada Digão, para o também arista plástico Marcelo Cidade.
Esperamos mais fiscalização na performance!!! A Bondade tem que ser de estranhos, e Erika tem um longo relacionamento de amizade, de mais de uma década com o artista.

Obrigada,
Asuzi F. Assunção’

Se você, assim como eu, também está indignado, encaminhe esse email para seus amigos Artistas e entusiastas! Não vamos deixar o Escandalo da Torta de Palmito terminar em Pizza!

Obrigada
Asuzi F Assunção”

É tudo tão bom que quase não quero comentar, mas é tão denunciador do quão patética é a essa tal faceta da “arte plástica=contemporânea” e o pensamento pueril que a cerca que só mesmo uma torta na cara pra encerrar esse pastelão todo.
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Erika Palomino, que pastelão ops, papelão! ahahahahah

SPFW: A FORÇA DOS BLOGS

Último dia, último desfile. As luzes se apagam e de repente forma-se um coro vindo do pit dos fotógrafos. “Palomino, cafona!” gritavam. Constrangedor!

Uma parte da platéia aplaude, outra fica completamente atônita. Mais constrangedor ainda!

O motivo foi um texto de Erika Palomino em seu blog sobre os miados que os fotógrafos estavam fazendo antes dos desfiles quando as luzes apagavam. Ela estava apenas expressando sua opinião em um meio que pensamos ser muito intimista e pessoal. Mas os fotógrafos não só ficaram sabendo como não levaram numa boa e deram a sua resposta, mostrando a força que hoje os blogs têm.

Nessa mesma coluna, ela escreve o que se comentou muito nos corredores do SPFW, a quantidade de elzeiras (ladrões) que passaram pela Bienal. No desfile do Alexandre Herchcovitch, Lalai me apresentou a Elza, um grande momento fashion da temporada!

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A Elza em si é branca como a maioria das modelos!

DUS *****INFERNUS É TOP 10!!!

Fiquei muitíssimo feliz pela escolha. Obrigado André do Val e todos os queridos amigos do site!

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