A PIXAÇÃO E A ARTE CONTEMPORÂNEA

pichacao_bienal_300_fi
Como a reação à ação dos pixadores foi muito mais tratá-la como um caso de polícia, vide o curador Ivo Mesquita em diversas ocasiões declarar que foi um atentado ao patrimônio público como no programa StArte da Globonews, é preciso antes de tudo não ficar em cima do muro e se posicionar sobre esse acontecimento.
Com certeza foi uma das ações mais importantes da arte brasileira dos últimos tempos. Sim, declaro que sou à favor da pixação – e ainda mais da que ocorreu na Bienal do Vazio, ou do Pixo -.
E como testemunha do que houve, acredito pela comoção que causou em todos nós lá – vejam o vídeo abaixo – e que ainda está causando pois ainda permanece na pauta e na agenda das discussões – apesar da Bienal ter apagado os pixos – que essa ação foi uma manifestação legítima e seu real significado ainda pode gerar muita discussão. Claro, se não formos preconceituosos o suficiente para tratarmos do caso como fait-diver distante da nossa vidinha de classe média – e olha que eu adoro ser classe média.

escutem os aplausos

Marcel Duchamp, o artista moderno que fez a cartilha para a arte contemporânea tinha em seu projeto esvaziar o sentido aurático da produção artística, uma arte que todos poderiam ser artistas. Em música (que nem arte é, pois é mais que isso, é um milagre como diz uma das mulheres mais elegantes desse país, a pesquisadora Luciana Araújo), na mesma época de Duchamp, na persona do compositor Arnold Schoenberg e sua Segunda Escola de Viena, também se pensou em uma música livre. Se nas artes plásticas, a liberdade foi se livrar das idéias tradicionais que sustentavam a pintura e escultura, na música foi se livrar da tonalidade – essa mesmo que perdura até hoje na chamada música popular do mundo inteiro. Com isso veio a atonalidade, a dissonância e a possibildiade de uma anarquia musical, todos poderiam fazer música, mas faltava critérios. Germanicamente, Schoenberg depois de uma fase atonal percebe que os critérios para julgar o que era música ou não no caso da liberdade total eram muitos precários, então inventou o dodecafonismo – sistema que todas as notas de uma escala tem que ser tocadas e só depois podem ser repetidas, isto é, toda nota tinha o mesmo valor, algo muito próximo às idéias marxistas que estavam chegando também na Rússia na mesma época.
Mas em artes plásticas, Duchamp não reinvindicou nada tão poderoso para resolver a questão de critérios do que é artes plásticas ou não depois de suas intervenções como “A Fonte”, por exemplo, obra que inverte a possição de um mictório. Enfim, deixou mesmo que a chamada anti-arte se radicalizasse, fazendo até uma mise-en-scéne de abandonar a arte pois já não fazia mais sentido ser artista pois todos poderiam ser. A partir de Duchamp, tudo pode ser artes plásticas, até um prato de comida como escrevi na Revista de Domingo da Folha como foi o caso do convite ao chief catalão Ferran Adrià feito pela Documenta de Kassel.
Como toda essa movimentação coloca certos perigos ao círculo de artes, uma relação de vassalagem entre curadores, artistas, críticos, galeristas e marchands formaram o que hoje é uma espécie de Colégio Eleitoral e elegem o que é ou não arte segundo critérios contraditórios e questionáveis.
Talvez o único deles realmente válido é que dentro do espaço expositivo – a galeria ou o museu ou a Bienal – o objeto escolhido por esse Colégio Eleitoral tem como princípio ser arte ou parte do princípio que é arte.
marcel-duchamp
Duchamp: a ‘moçadinha’ da arte contemporânea cagou no seu maiô
Ora, se Duchamp avalia que tudo pode ser arte e que a arte é coroada como tal em seu espaço expositivo, porque o que os pixadores fizeram – de pixar a Bienal e assim reivindicar o que fazem como arte não pode ser considerado um ato artísitico segundo esses parâmetros tão difundidos no meio de artes plásticas? Porque eles não foram eleitos pelo Colégio Eleitoral? Longe das questões de gosto, se você gosta ou não do trabalho dos pixadores, eles se inseriram no circuito de artes de maneira brilhante e provocadora, como só o que é arte mesmo consegue alcançar.
A jornalista Vivian Whiteman escreveu dois textos essenciais (procurar por Bienal do Pixo e Bienal do Pixo – parte 2) pra entender que talvez ao colocar o caso como polícia estamos no terreno das classes, mas o que foi feito está no terreno do artístico.

Frase no blog da Editora do Bispo, sobre a pixação na Bienal:
A única maneira coerente do pixo entrar nas galerias de arte é arrombando a porta

28 Respostas para “A PIXAÇÃO E A ARTE CONTEMPORÂNEA

  1. ANGEL,

    DUCHAMP, já fez… GUY DEBORD, tava anos luz a frente de todos nós…

    GATO, galerista hj em dia tem menos poder do que qq jornalista da Casper e é menos influente que produtora de moda da Abril! ANGEL, to me sentindo na revolução contra cultural dos anos 60 e a gente lutando pra expor nosso macramê no MASP!

    NEM MILIONARIO QUER COMPRAR MAIS COMPRAR PICASSO EM LEILÃO!!

    OS MUSEUS SE ESVAZIARAM, A TAL “GALERIA DE ARTE” Onde todos queriam entrar, foi substituida pelo UNIVERSO DA MODA.

    OS REVOLUCIONÁRIOS DO NOVO SÉCULO, não perdem tempo com pixação, para entrar num local onde não existe mais interesse!
    Criam espaços, ainda estão trabalhando no semi-anonimato.

    FAZ MAIS SENTIDO ATACAR A SPFW do que a probrezinha da BIENAL… se quer ser revolucionário, seja no local certo, na hora certa!

    EU GOSTO MESMO DO CASAMENTO DEFINITIVO DA ARTE COM A CIENCIA, sempre andaram por perto, MAS O FUTURO TÁ NA MÃO DESSES ARTISTAS CIENTISTAS, que estão surgindo por aí! Dá um tempinho e vc verá!

    TÉ mais, vou brincar com o Finalcut!
    Sossega, aqui o povo gosta de ROPINHA!

    ;0)

  2. GATUM, a modinha agora é protestar contra a música minimal… Tem discussões colorosas em determinados sites! No meu arrumei um conflito internacional com um certo tom homofóbico!
    O mundo tá muito loco, mano!!! kkkkkkkkkkk

  3. quando eu tava à toa eu estava planejando a minha ida à bienal, mas agora, como eu sou classe média, pego ônibus e por isso demoro 2h pra chegar em casa, o tempinho que sobrou vai servir pra ver o novo do Woody Allen hehehehehe
    eu sou vazia que nem a bienal
    bjss

  4. Respeito a sua opinião e gosto muito dos seus posicionamentos em diversos assuntos, posso dizer que sou um fã seu… mas nesse caso eu discordo de ti.

    A pixação estraga patrimônio alheio, podia ter a beleza que tivesse, a riqueza, a cultura, mas é feita contra a vontade do dono do MURO, é uma invasão, uma violência.

    O muro é um símbolo da segurança da vida moderna, o cara que pixa o seu muro, põe na dúvida o seu sentimento de segurança! É a invasão do limite físico da privacidade. A casa de uma pessoa é, no limite, o seu próprio mundo!

    É quase como se você estivesse andando na rua alegremente, e alguém viesse customizar artisticamente a roupa que você está usando sem o seu conscentimento.

    Concluindo, a forma de expressão que precisa se apoiar no prejuízo, financeiro ou de vontade, alheio não pode ser considerada arte ou tampouco incentivada.

  5. tudo é uma questão de adequação, tempo-espaço. A sociedade se transforma e os conceitos vão se transformando. É preciso pontuar bem que discussão sobre arte, é sobre arte, musica é sobre musica e policia é outra editoria. Acredito que essa ação foi importante, ela provocou um despertar, debates calorosos , principalmente porque “perturbou” a ordem estabelecida. Foi o atirar de uma enorme pedra no lago.
    Nós estamos ávidos por consumo, por fama, por reconhecimento e muitos querem viver so pra isso. Tentam transformar seus rabiscos, sua incapacidade em arte e dizer: CONTEMPORANEO. isso significa o quê? o mundo de hoje é um lixo?

  6. Nucool, situacionismo a essa hora pra mim é deja vu. Outra, acredito que não entendeu o que escrevi, o fato dos pixadores furarem o bloqueio da vassalagem entre curadores-artistas-marchands, galeristas é que reside o que eu chamo de novidade e vc insiste em falar em revolução. Está tudo bem explicado no texto, basta ler sem preconceit. Agora, kiridjinho, hoje em dia todo mundo quer ser artista plástico darling, é hype, é modinha. Veja o que tem de Dj e artista plástico, styling e artista plástico, designer e artista plásticoe assim por diante…

    Márcia, acho que vc é um pouco menos vazia que a bienal, pelo menos vai ver o Woody Allen!
    Bom, talvez vc não seja vazia, comn todo esse tempo ocupado.

    Paulo, arte não é pra ser comportada, não é o intervalo entre um ciogarro e a pizza como ela é consumida, antes, por isso, a questão patrimônio não faz sentido, só se tratar o caso como caso de polícia.

    Leo, arte plástica e música fazem parte de um mesmo universo: a estética. E sim, vale muito refletir sobre as artes de forma comparada. Caso de polícia infelizmente ainda não entrou no terreno da estética ahahahah. Talvez os pixadores problematizem como ninguém que a contemporaneidade é um lixo e é feita de exclusão.

  7. ANGEL, não existe nada mais contemporâneo que situacionismo! Mas já que vc quer fazer a rebelde da Teodoro… tenho um plano mega legítimo!
    Os formadores de opinião, são os que dizem o que é bem ou não no mundo atual. A gente faz assim, saimos super meigos e fofos, visitamos a casa de um jornalista descolado, podemos começar pela casa da NINA. Aí vc fica com um papinho furado de moda, decoração e beleza, dando cerveja pra ela… enaquanto isso eu digo que vou ao banheiro, entro no quarto da fofa e pixo: PLEASE ANGEL CUM AGAIN! mais moderno que isso só Henry Holland… a gente sai como se não tivesse acontecido nada. Semana seguinte visitamos Maria Prada, quero dizer Prata>>>>!!!! TOPA?!

  8. ANGEL, se intera mais com a tecnologia, e veja quem fura de verdade as barreiras, não suja a mão com spray! só hair spray!
    ;0)

  9. Nucool, é verdade, foi através dos formadores de opinião que o grafite deixou de ser caso de polícia e coisa de “pobre e marginal”, muitos tem grafite em casa, aposto que vc deve ter um lindo no seu quarto ou na tela de descanso de seu computador. Quem sabe com essa ação a getne muda sua visão do pixo. sobre o situacionismo ele morre na praia deposi de 2001, sorry, isso sim é coisa de moleque revolucionariozinho que acha que a tecnologia vai mudar o mundo, quem muda as coisas ainda somos nós, darling. Dá um shut down em seu comps e saia pra rua, é lá que a vida está e quem sabe vc entenderá melhor o pixo e o que estou falando sobre o evento na Bienal do Pixo. Pobre não é só objeto sexual…

  10. Gato, tô adorando essa sua resistência paternalista e defensora dos “coitadinhos” sem espaço para sua arte! Precisamos de gente assim na moda, para quem sabe dirigir mais um desfile “engajado”.

    Bem, o tal do spray é somente uma forma desses jovens se manifestarem, a garotada, mesmo pobre, tá se organizando, criando espaços, muito em função da tecnologia. Mudando inclusive o estigma de grafiteiro pobre que precisa de espaço para sua arte!
    Tem mil grupos, se articulando em comunidades menos favorecidas do Brasil, mostrando seu trabalho via rede, exportanto, usando a telefonia celular…tem o povo da CIdade do Conhecimento, Projeto Praia da Pipa, HIP HOP DA FLORESTA, lá de Porto Velho, a galera da Metareciclagem…
    A tecnologia, os softwares livres, furaram e criaram novos espaços tanto de exposição como de trabalho.
    Gato, acho ingênuo esse descaso com a tecnologia, vivemos um novo renascimento, pena que muitos, por exclusão, ainda não façam parte dele… Não que a tecnologia em si seja suficiente, mas que furou tudo, furou, inclusive causou desemprego.
    Muitos ilustradores, fotógrafos… negócios são fechados com pessoas cujos profiles são encontramos aleatoriamente em flickers ou qq outro site da vida. Tô falando de pessoas, cujo trabalho é bom e são chamadas por grande empresas, as vezes até multinacionais! Eu vejo acontecer!
    Como a NUCOOLEXPERIENCE já falou nas suas temporadas de Orkut, todos nós podemos ser atores, diretores de cinema, jornalistas, escritores, designers, ilustradores… via novas tecnologias, furamos espaços impenetráveis no passado.

    Gato até vc pode trabalhar direto de casa… sem ver cara de diretor de redação equivocado!
    ;0)

  11. Nucool , kiridjinha, nnao tem nada de paternalista, tem de tentar sair do lugar -comum e achar que a ação dos piaxadores foi mero vandalismo. Paternalismo é bolsa-família, darling, paternalismo é achar que as novas gerações com a tecnologia irão resolver todos os problemas. N
    Agora de maneira nenhuma tenho desprezo pela tecnologia – ou nem teria blog – tenho desprezo pelo caráter messiânico que querem imbutir a esse fenômeno que pra mim está muito amis ligado à tecnocracia desvairada.
    Eu já escrevi e repeti que a boa arte contemporianea está fora das galerias, mas snao exatamente elas que decidem o qeu é arte ou não, furar esse bloqueio é que reside a novidade.
    Sobre excluídos, a tecnol,ogia também excluiu muitos e nem precisa ser pobrezinho sem computador – a grande maioria no nosso país, basta não querer entrar nesse jogo – vide pessoas mais velhas ou gente que não tem o menor interesse por tudo isso e prefere um livro que o google, elas são excluídas sim.
    Pra mim a novidade está em furar bloqueios, se a juventude tecnológica ou os pixadores fazem- cumprem esse papel, eu acho ótimo, mas meu Deus não é a Apple, eu acredito ainda no humano

  12. ANGEL, já virou modinha na cidade, nosso, seu… manifesto: EU PIXO, LOGO EXISTO!
    Todo final de semana, a gente visita um formador de opinião e eu, vc, a gente pixa uma palavra de ordem na parede dele, dela…
    Estamos todos curiosos, para saber o que vc pixaria no espaço dos ilustres abaixo. Nesse jogo pode fazer a meiga, sem medo!

    1. PAULO BORGES
    2. CLÔ OROSCO
    3. CLUBE GLÓRIA
    4. ARLINDO MACHADO
    5. ERIKA PALOMINO
    6. FÊ (OFICINA DE ESTILO)
    7. JULIANA IMAI
    8. HENRY HOLLAND
    9. CLUB CHOCOLATE
    10. MARIO MENDES

  13. Como eu dou risada dessas coisas,

    “Paulo Mamedes – Mega // Novembro 14, 2008 às 10:47 am
    Respeito a sua opinião e gosto muito dos seus posicionamentos em diversos assuntos, posso dizer que sou um fã seu… mas nesse caso eu discordo de ti.

    A pixação estraga patrimônio alheio, podia ter a beleza que tivesse, a riqueza, a cultura, mas é feita contra a vontade do dono do MURO, é uma invasão, uma violência.

    O muro é um símbolo da segurança da vida moderna, o cara que pixa o seu muro, põe na dúvida o seu sentimento de segurança! É a invasão do limite físico da privacidade. A casa de uma pessoa é, no limite, o seu próprio mundo!

    É quase como se você estivesse andando na rua alegremente, e alguém viesse customizar artisticamente a roupa que você está usando sem o seu conscentimento.”

    Eles (ou nós), simplesmente não “customizamos” sua roupa na rua, por respeito. E até que é uma ideia boa pra quem quer ganhar IBOPE, por um dia quem sabe,para aparecer na mídia ?
    Mais não o muro é onde a ideia fica, onde milhares de pessoas interpretam, cada um de sua forma, uns por não entenderem as letras ignoram, como fazemos com moradores de rua. -Eles não valem nada? Porque? eles não desenham para grifes? Não tem seu nome em uma marca ? “São os excluidos”. É o que o sistema julga.
    Nos queremos aquela cidade limpinha, com muros pintadinhos, com o lixo no seu lugar, sem poluição, o que nos fazemos para isso ?
    Todos deixamos os carros em casa e usamos meios alternativos para o tranorte né ?
    Todos fazemos coleta seleva de nosso lixo, tudo separadinho ?!! Todos compramos apenas o que nos é necessário.

    É muito sarcastica o hipocresia.
    – Sou artista plastico, e tenho diploma, minhas obras tem traços do realismo.
    Para a classe média= PURA ARTE.

    – Sou pobre, pixador, traços expressionistas ou impressionistas ? . (Quem sabe um novo movimento?)
    Para a classe média= Vandalos,isso é anticultura, o lixo da sociedade.
    =D

    O que prevalesse, quem tem espaço ?

    Direitos de expressão por favorrrrrrrrrr !

    UNIDOSPELAREVOLUÇÃO.

  14. que delícia a dilética VEJA do Paulo Mamedes. e a articulação dimensteiniana praieira do nocú? deleite total.

    vitor, o edubrandão comprou todo mundo da folha, posso te comprar? pago em salame e choppinho, à vista.

  15. – Compre seu gato enquanto alimento os peixes …

  16. Pingback: FÁBIO GURJÃO LEVA FKAWALLYS PARA A BIENAL DO PIXO OPS VAZIO « dus*****infernus

  17. Pingback: LÉVI STRAUSS: SEXO, MENTE, ARTE, MÚSICA E PINGA « dus*****infernus

  18. Se eu fosse pixadora, trocaria tinta acrilica por coco… ai sim, queria ver esses pseudo criticos de arte aplaudirem de pé.

  19. fernanda falsa, pois teu e-mail não existe: percebe-se que de arte e quem sabe de vida também vc é uma ignorante pois já fizeram isso e faz muito tempo

  20. Passado tanto tempo, visto e ouvido tanta coisa a respeito do fato, não consigo deixar de pensar q tudo não passou de vandalismo, baderna e de manifestação do pensamento pigmeu de que tudo se resumiu a arte. As argumentações a favor da baderna projetam, apenas, a falsa impressão de que houve uma justificativa plausível para a idiotice.

  21. Pingback: atonalidade.net » Blog Archive » A PIXAÇÃO EA ARTE CONTEMPORÂNEA

  22. Pingback: atonalidade.net » Blog Archive » A PIXAÇÃO E A ARTE CONTEMPORÂNEA

  23. eu acho q tem q faser rolllleee mesmo0 e

    escustar calcinha preta é nois!!

  24. Pichação sem autorização é vandalismo, seja na Bienal ou onde quiser…

  25. olá,não sou jornalista,intelectual,nem nada disso,sou apenas uma “simples” artista de rua,mas gostaria de comentar sob essa questão que tanto descutem.
    Gotaria de saber se vcs sabem o verdadeiro significado do pixo??
    Gostaria de saber se vcs sabem de quem começou o pixo???
    se vcs tem contato real com essas pessoas ou é só por livros o conhecimento de vcs e não vivido???
    em tds essas classificações que o ser humano gosta de colocar,antes dos burgueses acharem o pixo legal e começarem a pixar pq é divertido,que classe social nasceu??? e POR QUE??
    Pixo não é um graffti onde as pessoas “hoje em dia”,olham e dissem”olha que desenho lindo”,pixo é uma forma de expressar a realidade em que aquela pessoa vive,existem crews,uma quetão de territorialidade,o pixo é muito mais que meras letras na parede.Quando as pessoas olham grandes predios com pixo por tds os lados dizem”que horroroso,olha a marginalidade.Já pararm para pensar se o lugar que esta marginalidade mora é bela?Uma casa gde de um burgues tem um pix,as dizem”olha que povo idiota,sem cultura,fica pixando a casa dos outros sujando criando uma poluição visual”.Paramos para pensar,julgam-se tão cultos ao ponto de colocar varias criticas no carater do pixador,querm respeito em seu territorio,respeito com seu espaço,mas si refletirmos um pouco,sera que esse respeito é dado tambem ou só exigido??
    Sera que essas pessoas que tem sua casa pixada respeitam o espaço de onde o pixo veio????
    acgho que em vez de ficarmos discutindo se pixo é arte ou não se isso ou não,devemos discutir o motivo dele,e discutir como fazer para melhorar a situação de pessoas com nescessidades.
    Acho que se mudarmos nosso olhar,veremos que as coisas vão muito mais além do que imaginamos.
    bom é isso
    desculpem-me pelos erros de gramatica,acentos,escrita em si.
    e obrigado pelo espaço.

Deixe um comentário