A ORIGEM

O primeiro proprietário desse estrondoso trabalho de Gustave Courbet, o diplomata turco-egípcio Khalil Bey, o escondia atrás de quadros com o mesmo formato. A obra, de um realismo e ao mesmo tempo de uma metafísica extraordinária, ficou proibido ou escondido – protegido – durante anos. Tudo porque ele anuncia e desvenda aquilo que é proibido, escondido e protegido.

O nome “A Origem do Mundo” é tão evidente e direto como seu enquandramento, uma mulher que não vemos o rosto – talvez por pudor -, apenas seu orgão sexual despudorado. Se pensarmos que a origem do mundo também está no ato de – consciente do pecado original – “esconder as vergonhas”, também podemos pensar na origem das roupas.

Em moda, o diálogo entre nudez e roupa é dos mais intensos, e está na essência de muitas marcas e estilos. muito da personalidade de uma pessoa está em como ela sabe lidar com esse jogo entre nudez e pudor. Muito da identidade – seja de uma marca ou de uma pessoa – também está marcada por essa conversa de Adão e Eva.

4 Respostas para “A ORIGEM

  1. Hey!
    Te enviamos um convite para a inauguração da loja Sample Central há uns dias.
    Gostariamos de saber se você recebeu e reforçar nosso interesse na sua presença! 🙂

    Obrigada e beijos! :*

  2. Eu me assustei com essa periquitona logo no começo do post, confesso!

  3. Oi Vitor, não sei se seu post pretende entrar no mérito, mas vou me aproveitar da referência.

    Achei pura causação essa não roupa da neon. Aliás, quanto mais a Neon tem agradado à crítica, menos criativos tem se tornado.

  4. tem uma frase da vivienne westwood que eu amo: “fashion is about eventually being naked”.

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